Voo livre aquece o faturamento de hotéis, bares e restaurantes em Valadares
O consumo nos estabelecimentos durante os eventos chega a R$ 600 por pessoa
Publicado em 18/03/2019 10:13 - Atualizado em 18/03/2019 15:48
O consumo nos estabelecimentos durante os eventos chega a R$ 600 por pessoa
O voo livre é uma marca registrada no calendário esportivo de Governador Valadares. Além de garantir um intercâmbio cultural pela presença de pilotos de várias partes do Brasil e do mundo, a modalidade representa um expressivo ganho para a economia local. É o que mostra uma pesquisa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, por meio do Departamento de Fomento às Atividades Produtivas, realizada de janeiro de 2017 a setembro de 2018.
Os dados mostram que os visitantes permanecem na cidade, em média, três dias e realizam um gasto médio de R$ 600,00 (valor correspondente ao tempo médio em que ficam na cidade), movimentando consideravelmente a rede hoteleira, além dos bares e restaurantes da cidade.
De acordo o gerente do Hotel Realminas, Eduardo Fernandes Ramos, o aumento no número de hóspedes durante os períodos de competição chega a 50%, com destaque para os pilotos vindos do Rio de Janeiro. “Há dez anos que trabalho aqui no hotel. Antes vinham muitos pilotos estrangeiros, e no período eu falava mais inglês do que português. Atualmente recebemos mais pilotos do Rio de Janeiro. Já estamos praticamente sem quartos disponíveis para o começo de abril, quando será realizado o Campeonato Brasileiro de Parapente”, disse o gerente.
A situação se repete no Hotel São Salvador. Segundo o proprietário, Fábio Romero, no carnaval cerca de 20 pilotos hospedaram no Carnaval durante a primeira etapa dos Campeonatos Valadarense, Mineiro e Carioca de Parapente. “No período, houve um aumento da procura aqui no hotel e já estamos realizando reservas para o início de abril”, disse o proprietário
Hospedagem em casa
O piloto valadarense Ederson Souza Dutra, o Godó, chegou a ser procurado por três amigos pilotos para que ajudasse a alugar uma casa e comentou que a prática tem sido cada vez mais recorrente entre pilotos que desejam economizar. “Para quem mora fora é mais em conta do que pagar diárias de R$ 80 a 120 para irem só dormir. Eles preferem alugar uma casa e dividir com a turma”, explicou Godó.
O piloto americano naturalizado brasileiro, Richard Pethigal, foi um dos que optou por alugar casa. “Optei por casa porque é mais barato. Vou ficar em Valadares por volta de 13, 14 dias então é bem melhor ter um lugar para cozinhar e eu sou ótimo cozinheiro”, brincou o piloto.
Restaurantes
Apesar de não ter uma estimativa, o dono do Restaurante Joá, Antônio Dantas Damasceno, explica que nos períodos de campeonatos de voo livre há um maior consumo, o que ajuda a aumentar o faturamento no período e comentou as estratégias que adota para fidelizar os clientes. “Os pilotos gostam de ficar no meu restaurante e procuramos dar um atendimento especial para que eles permaneçam aqui. Para facilitar o atendimento, temos até cardápio em inglês”.
O Bar do Fred é outro estabelecimento que adotou o cardápio bilíngue. O proprietário Frederico Paixão apostou nos patrocínios para fomentar ainda mais as competições. “Nossas vendas aumentam na faixa de 15% durante as competições. Somos favoráveis a eventos que movimentam a economia da cidade. Inclusive já até demos apoio a alguns porque é um investimento que vale a pena”, disse o empresário.
A cidade sedia, de 16 a 24 deste mês, o Campeonato Brasileiro e Internacional de Asa-Delta. Ele é uma iniciativa da Associação de Voo Livre Ibituruna (AVLI) e tem apoio da Prefeitura por meio da Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Juventude (SMCEL) e supervisão da Confederação Brasileira de Voo Livre (CBVL). A competição tem a chancela da Federação Aeronáutica Internacional (FAI) e conta pontos para o ranking mundial.
por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social